Não que eu seja ótima no assunto. Mas uma coisa eu sei: O amor não funciona com cobranças.
A gente vai amando um tantinho por dia. Ama em suaves prestações… E o saldo vai aumentando, aos poucos.
Um deposita uma quantia maior numa semana, o outro na seguinte.
Um se esquece de poupar num mês, o outro faz uma forcinha e compensa.
É como uma conta conjunta. Os dois amores vão se somando e quando a gente vê, conseguiu um belo montante.
Tá. No amor não há extratos. Nada nele é exato. Não dá pra olhar na tela e conferir quanto foi aplicado por cada um naquele período.
Mas a gente sente quando precisa investir mais…
Amor não acumula sozinho e, se não administrar bem, também vai à falência.
Amor é doação e tem que vir de maneira espontânea, sim. Aceitar concessões, idem.
Porém, se um não contribui nunca ou vive a sacar desenfreadamente, as economias do outro acabam não sendo suficientes para os dois.
Chega um momento que alguém percebe que vale mais a pena fechar essa conta e continuar só com a individual mesmo.
Sim. Aquela outra que deve estar sempre bem recheada de outro tipo – ainda mais importante – de amor: O próprio.
Então, vai lá, faça um pé-de-meia com alguém… Se ficar muito pesado pra você, observe: Talvez você só esteja depositando amor demais na conta errada. (Jessica Delalana)